quinta-feira, 17 de março de 2011

hoяα do lαnchε



















Vem. Dá-me um abraço. Vem cá. Não temas. Vem. Dá-me um beijo. Enrola a tua alma na minha. Enche-te de n a d a . Esvazia-te por completo.
Levanta. . . . .
Voo. . . . . . . .
Vem comigo. Atravessaremos o horizonte. Tocaremos o cor-de-laranja do céu recém-adormecido. Pintaremos o mundo com as cores do arco-íris. Encheremos os corações de p e q u e n a s latas de tinta coloridas e fluorescentes. Voaremos bem alto. Iremos até ao topo da maior pirâmide, subiremos até ao cume da montanha mais alta e voaremos em cima de uma grande e esplendorosa águia. Dominaremos o Universo. Teremos o mundo aos nossos pés, seremos o Sol e eles os Planetas; seremos a Terra e eles a Lua; seremos o Céu e eles as Estrelas. Vem comigo. Aterraremos devagar. Aproveita o tempo que nos resta, a porção de vida ainda presente nos nossos corações, unidos num só. Vem comigo. Vamos fazer um bolo? Procura a receita. Junta todos os ingredientes: Adiciona um pouco de cor, junta-lhe sorrisos "q.b." e mistura bem. 200 g de esperança, outros 200 de pureza. 1 chávena de alegria e 2 colheres de sopa de sinceridade.
E como a vida unca foi um mar de rosas, junta-lhe (apenas) uma pitada de tristeza, uma colher de chá de desconfiança, algumas lágrimas e ainda, para terminar, um ingrediente mistério (Sempre nos torna mais interessantes...).
Leva ao forno durante uma vida, vigia bem, vai contando todos os m.i.n.u.t.o.s.

E no fim, quando te aperceberes, utilizaste cada fatia do bolo durante todo este tempo, comeste todas elas uma de cada vez. Umas mais devagar, outras com mais pressssssa. Todas no seu tempo. [tic-tac tic-tac]
Mas todos os bolos acabam, como tudo na vida tem um fim. E o teu bolo alcançou esse fim. Depois de todo o tempo no forno, depois de uma vida.