domingo, 26 de junho de 2011

mαε






















Mãe

És Rainha
Dos sorrisos
Das lágrimas
Do nosso próprio reino.

Mãe

És Deusa
Dos Segredos
Das Discussões
Das Canções de Embalar.

Mãe

És Musa
Das Ideias
Dos Sonhos
Das Noites de Lua Cheia.

Mãe

És Feiticeira
De Olhares – profundos
De Bocas – sorridentes
De Corpos – carinho.

Mãe

És Dona
De Terras
De Mundos
És Dona da minha alma

Mãe

quinta-feira, 2 de junho de 2011

εяα umα vεz...






















Um dia
Num belo jardim de margaridas
Um pequeno rebento, no meio de outros mil,
Desabrochou.

Simples, pequenina, brilhante
Sorrindo à Terra Mãe
Que a alimentou,
Pela primeira vez.




E ela foi crescendo
Rodeada de pequenos seres
Indefesos, simpáticos
Todos diferentes.



Passou, na sua infância
Momentos de alegria
Momentos mágicos
Momentos vivos.



Mas ela cresceu.
Tornou-se adolescente
E, nem sempre
Sorriu.



Muitas outras margaridas
Excluíram-na do seu próprio montinho de relva
Enxotaram-na.
Descriminaram-na.

Muitos insectos a picaram
Muitas chuvas a negaram
E, durante muito tempo
A magoaram.

E a pequena flor
Foi perdendo a Cor,
Foi perdendo o Brilho,
Foi perdendo a Vida.

Até que um dia…
Uma outra flor maior
Lhe sorriu discretamente
E abriu as suas pétalas ao mundo.

E a pequena flor triste
Foi recuperando a Cor, o Brilho, a Magia, a Vida.
E, na companhia dessa outra
Voltou a Sorrir.



Aprendeu a lidar com os outros, de pétalas sujas e caules quebrados
Fez muitos amigos…
Alguns inimigos…
Mas, apesar dos acontecimentos mais recentes,
A pequena flor delicada continua com esperanças num futuro melhor.