Um dia
Num belo jardim de margaridas
Um pequeno rebento, no meio de outros mil,
Desabrochou.
Simples, pequenina, brilhante
Sorrindo à Terra Mãe
Que a alimentou,
Pela primeira vez.
E ela foi crescendo
Rodeada de pequenos seres
Indefesos, simpáticos
Todos diferentes.
Passou, na sua infância
Momentos de alegria
Momentos mágicos
Momentos vivos.
Mas ela cresceu.
Tornou-se adolescente
E, nem sempre
Sorriu.
Muitas outras margaridas
Excluíram-na do seu próprio montinho de relva
Enxotaram-na.
Descriminaram-na.
Muitos insectos a picaram
Muitas chuvas a negaram
E, durante muito tempo
A magoaram.
E a pequena flor
Foi perdendo a Cor,
Foi perdendo o Brilho,
Foi perdendo a Vida.
Até que um dia…
Uma outra flor maior
Lhe sorriu discretamente
E abriu as suas pétalas ao mundo.
E a pequena flor triste
Foi recuperando a Cor, o Brilho, a Magia, a Vida.
E, na companhia dessa outra
Voltou a Sorrir.
Fez muitos amigos…
Alguns inimigos…
Mas, apesar dos acontecimentos mais recentes,
A pequena flor delicada continua com esperanças num futuro melhor.
... e o jardim ganhou, por certo, mais, muito mais vida! E sorrisos... e alegria... e vontade de viver, apesar dos menos amigos (inimigos!?), contra todas as intempéries, vencendo adversidades, incompreensões, ... pois, está bem, importa, sobretudo, continuar a crescer... e a florir, 'tá bem?
ResponderEliminarBeijinho
Joaquim
... ah! já tinha saudades!...
ResponderEliminar"Era uma vez" um poema lindo, uma linda poetisa-revelação, uma "flor" viçosa!
Beijinho-outro
Joaquim(o tio)
Que lindo! Amei!
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